O governo federal decidiu zerar a taxa de importação para o arroz vindo de fora do Mercosul, com objetivo de aumentar a oferta do cereal e contribuir para redução dos preços.
Para Andressa Silva, diretora-executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), o impacto nas cotações pode não ser imediato. “Não podemos afirmar que haverá recuo dos preços. Por outro lado, a isenção da taxa para importar pode servir como um teto, impedindo que os preços subam ainda mais”, diz.
Na avaliação da consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio, a importação do arroz sem a taxa é uma garantia de abastecimento do produto na mesa do brasileiro com potencial amento da oferta, contribuindo assim para a queda dos preços.
A elevação ao arroz no Brasil tomou os noticiários nos últimos dias. Alguns supermercados em São Paulo já estão limitando a quantidade do produto por cliente. O arroz é um dos itens da cesta básica que mais teve elevação de preço no ano, com alta de 19,2% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, diz que é preciso incentivar o consumo de outros produtos: “Vamos promover o consumo de massa, macarrão, que é o substituto do arroz. Também é importante orientar o consumidor para que não estoque arroz.”