A Cargill divulgou nesta semana uma carta aberta a produtores brasileiros, em que afirma ser contrária à moratória da soja no Cerrado, proposta de pacto ambiental de não financiar ou comercializar soja produzida nesse bioma.
Em nota, a companhia diz que esse não é o instrumento adequado para solucionar a questão do desmatamento. “A moratória não endereça os desafios sociais, econômicos e, em última analise, ambientais. E é muito provável que cause consequências, mesmo que não intencionais, para agricultores e comunidades que dependem da agricultura para subsistência”, alerta.
Atualmente, há uma moratória em vigor para o bioma amazônico. A ideia era criar um segundo pacto referente ao Cerrado. A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) se posicionou “totalmente contrária” a qualquer moratória.
“Nós somos contra qualquer ação ou atividade que interfira na soberania nacional, que é o Código Florestal. De 20% a 80% das nossas propriedades são preservadas. O agro é sustentável, não há motivo para fazer mais do que isso”, afirma o presidente da entidade, Bartolomeu Braz.