O surto de coronavírus não deve causar uma queda significativa nas importações chinesas de carnes, de acordo com o diretor da MBAgro, José Carlos Hausknecht. Segundo ele, passados o Ano Novo chinês, os embarques devem ser retomados perto da normalidade. “Talvez em um patamar um pouco menor, mas ainda elevado. Isso vai permitir que os preços continuem em patamares altos”, diz.
O mercado internacional de commodities acompanha de perto as notícias sobre o coronavírus. Investidores temem que o surto possa afetar a economia chinesa e o consumo de alimentos no país.
“Não sabemos ainda qual será a extensão do problema, mas assim como para outras commodities, existe um grande medo de repercussão da crise sanitária na renda da população. Com isso, teríamos uma redução no consumo de carnes”, afirma Hausknecht.
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Em sua análise, o especialista destaca que, a princípio, o contágio se dá pelo contato com outro humano contaminado. “Mas sabemos que se ficar claro que [a doença] vem de um animal, isso pode gerar medo na população sobre o consumo de determinada carne”, diz.
A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) divulgou uma nota nesta terça-feira, 28, em que avalia que, por enquanto, o coronavírus não deve ter grandes impactos na demanda por carnes.