A China está demandando muito milho para ração por conta da recuperação do plantel de suínos e da expansão da produção de bovinos, aves e peixes no país. Também há certa pressão de compra por conta do receio de que uma segunda onda da Covid-19 atrapalhe as importações.
Porém, mesmo diante desse cenário, o comentarista Glauber Silveira afirma que o país não tem comprado muito do Brasil. “Exportamos quase nada para a China, nem 50 mil toneladas”, diz.
Segundo ele, a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) procurou o governo federal para entender o que está travando o crescimento dos embarques. A resposta é que não existe nenhuma questão técnica ou sanitária impedindo. “Eles só estão dando preferência à Ucrânia, talvez por ser um país de regime comunista também”, pondera.
Silveira ressalta que mais cedo ou mais tarde os chineses não terão como fugir do mercado brasileiro. “Daqui um ano, dois ou cinco, eles vão ter que comprar milho do Brasil. Ninguém consegue aumentar mais a produção senão o Brasil”, pontua.