O Banco do Brasil anunciou nesta terça-feira, 23, a liberação de R$ 16 bilhões para custeio antecipado da safra 2021/22, com juros entre 5% e 6%. O comentarista Miguel Daoud afirma que a notícia indica que as taxas do Plano Safra 2021/22, que ainda será anunciado, devem ficar em patamares muito próximos do plano vigente. “Os bancos não emprestariam recursos sabendo que podem esperar e emprestar com juros maiores”, argumenta.
Além disso, segundo o comentarista, quando o Plano Safra 2020/21 foi lançado, a taxa básica de juros da economia (Selic) estava em 3%. Agora, ela caiu para 2%. “Então não há motivo para aumentar a taxa de juros do crédito rural”, diz.
Daoud lembra que na atual situação da economia brasileira, o único setor que tem rentabilidade é a agropecuária. Por isso, as instituições financeiras veem o produtor rural como um tomador de crédito mais confiável. “O setor está vivo, pulsando. Tem que emprestar dinheiro para quem vai investir e ter rentabilidade”.