O dólar terminou o pregão desta quarta-feira, 13, cotado a R$4,18 com valorização de 0,46%. Esse é o maior valor desde 13 de setembro de 2018, quando a moeda atingiu R$ 4,19 em plena campanha eleitoral.
O impasse nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China e o aprofundamento da crise no Chile foram os principais motivos da valorização da moeda norte-americana. A saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora da prisão também contribuíram para esse movimento. No mês, o dólar já acumula alta de 4,4% e, no ano, já sobe 8,1%.
O economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, reforçou que o principal fato que vem afetando diretamente o mercado econômico é a guerra comercial entre China e Estados Unidos, mas que essa embate está colaborando o mercado brasileiro de grãos. “EUA e China não se acertaram ainda, pois a China não quis comprar mais commodities agropecuárias do país norte-americano, e isso faz com que a demanda do Brasil fique maior a cada dia. Por isso é um bom momento para os produtores negociarem a oleaginosa”, diz.
“O câmbio é um número muito complexo e de variáveis nas quais nós não temos conhecimento e que todos devemos tomar cuidado, já que temos um cenário internacional preocupante’, afirma Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural.