A semana começa com expectativa de liberação de crédito para setores do agronegócio afetados pela crise do coronavírus. De acordo com o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, o governo estuda ajudar principalmente as cadeias com maiores problemas, como o setor de lácteos, flores e hortifrutis.
“Estas áreas estão com problemas de liquidez, então estamos estudando linhas especiais para os pequenos produtores. Estamos estudando um pacote de prorrogação [das dívidas] tanto de custeio quanto investimento”, diz.
Ele comenta que medidas já foram anunciadas pelo governo, mas com foco em empresas. “Aqui pega o agro, mas não exatamente o produtor e sim o laticínio, o frigorífico, ainda não saiu nada para o produtor”, relata.
Segundo Sampaio, há falta de liquidez em todo o sistema e os bancos acabaram de retraindo. Isso acabou gerando aumento no custo do financiamento. Por isso, outra alternativa estudada é a liberação de uma linha de crédito que injete liquidez no mercado.
Já o coordenador de assuntos econômicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Conchon, afirma que há expectativa de que nesta semana saia medidas de emergência saiam para o setor lácteo, de flores e hortifruti.
Ele conta que a entidade trabalha para que o governo faça prorrogação automática de dívidas rurais com até R$ 1,5 milhão, para que o produtor não precise ir ao banco físico.
Para crédito rural contraído acima de R$ 1,5 milhão, tanto de custeio como investimento, a entidade pede que o produtor sinalize ou faça requerimento oficial de maneira digital.