O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) recebeu R$ 34,8 milhões para investir em pesquisas que prometem revolucionar as produções de cana-de-açúcar, café e citros.
Para isso, a aposta é na técnica conhecida como “tesoura genética”, que permitiria, por exemplo, retirar o gene da cafeína das plantas sem alterar o sabor e o aroma. A tecnologia é tão promissora que venceu o prêmio Nobel de Química em 2020.
A iniciativa conta com o apoio do setor privado, que tem bastante interesse, pois 20% do mercado internacional e 10% do brasileiro é para produtos descafeinados.
No caso do citros, a ideia é desenvolver cultivares resistentes ao greening. O Brasil se destaca no mercado internacional, produzindo 3 a cada 5 sucos de laranja, mas o custo para manter a produtividade é alto por conta da doença. Caso os resultados sejam alcançados, o país pode aumentar sua produção.
Por fim, para a cana-de-açúcar, a ideia é criar variedades que produzam o dobro das atuais. O caminho escolhido pelos cientistas é a transgenia e a edição gênica.