As importações de milho transgênico dos Estados Unidos serão permitidas a partir de 1º de julho. As variedades geneticamente modificadas cultivadas nos EUA já foram aprovadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e a decisão publicada no Diário Oficial da União, com uma nova norma de liberação comercial de transgênicos.
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Com essa mudança, o que muda efetivamente no comércio do grão no Brasil? Para entender este assunto, conversamos com Paulo Molinari, da consultoria SAfras & Mercado, que explicou que esse grão talvez não seja muito vantajoso para a maior parte do Brasil, mas que é importante tê-lo como alternativa aos parceiros mais tradicionais, como Argentina e Paraguai.
“Com essa resolução, o mercado norte-americano está plenamente aberto para o Brasil e podemos comprar sem termos problemas com a Anvisa. Se o Brasil pode exportar milho, a possibilidade de importar também tem que ser viável. No entanto, no caso do milho dos EUA, temos a questão da matemática que o aponta como mais custoso do que o milho da Argentina”, disse.
Segundo Molinari, o custo da importação é um problema para esse tipo de comercialização, principalmente para as indústrias da região Sul. “É uma alternativa e essa porta precisa ficar aberta, assim como a tarifa extra-mercosul precisa ser zerada. Pois quando tivermos esses estresse de abastecimento, precisamos de alternativa para complementar o mercado brasileiro, como fazemos com milho do Paraguai e Argentina. Não vai chegar milho norte-americano na semana que vem, isso não existe”, finalizou.