Este ano, as vendas de máquinas e equipamentos agrícolas registram o melhor resultado em mais de cinco anos. Em janeiro, a comercialização foi 38,5% superior ao mesmo período de 2020, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Porém, alguns fornecedores do Rio Grande do Sul estão com dificuldades de atender aos pedidos e manter as linhas de produção, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers).
“Estamos atravessando uma fase muito crítica de fornecimento de componentes, que sumiram da praça. Os poucos que aparecem estão com preços exorbitantes. É uma coisa impressionante, como na época que tínhamos uma inflação gigantesca no Brasil. Só neste ano, o aço subiu 34%”, diz Claudio Bier, presidente do Simers.
Segundo ele, algumas montadoras maiores foram obrigadas a fretar aviões para trazer peças dos Estados Unidos e atender os clientes.
Para Bier, a situação só está piorando. “E há fornecedores se aproveitando muito da situação para aumentar o preço de 15 em 15 dias”, lamenta.