Brasil e Estados Unidos assinaram nesta segunda-feira, 19, um pacote de medidas para facilitar o comércio entre os dois países. Foram firmados três acordos, são eles de: facilitação de comércio, boas práticas regulatórias e anticorrupção. A assinatura ocorreu no Palácio do Itamaraty e foi fechada para imprensa.
Em nota, o Ministério da Economia afirmou que a assinatura do pacote se insere em um contexto mais amplo da política de comércio exterior brasileira e o objetivo principal têm sido o de criar um ambiente econômico favorável aos negócios e a reinserção competitiva do Brasil na economia internacional.
De acordo com Wagner Parente Filho, CEO da BMJ Consultores, o agronegócio está inserido de forma mais ampla no acordo, sem nenhuma medida específica para o setor. “A redução da burocracia entre os países deve beneficiar grandes exportadoras, em especial ao agro. Do ponto de vista da segurança jurídica, o agro também deve ser beneficiado com a redução de normas. Estes dois aspectos tendem a ser benéficos ao agronegócio brasileiro”, diz.
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Segundo o CEO, a agenda similar dos presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro favoreceu a relação comercial entre os países. “Esse pacote de acordos oferecidos abre a possibilidade para um acordo de livre-comércio no futuro, oque pode ser muito benéfico para o agro e diversos setores da economia brasileira. Esse é o primeiro acordo desde a época de Vargas que tem compromissos tão específicos do ponto de vista comercial”, comenta.
No entanto, a possibilidade de um acordo de livre-comércio deve ser prejudicada caso o democrata Joe Biden vença as eleições norte-americanas. “Do ponto de vista político, um aprofundamento da discussão de um acordo de livre comércio tende a ser prejudicado caso um candidato não alinhado a atual administração brasileira vença as eleições norte-americana”, finaliza Filho.
