Joe Biden toma posse como presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 20, às 14h do horário de Brasília. A cerimônia terá limitações provocadas pela pandemia do novo coronavírus e com segurança reforçada, após o ataque ao Capitólio no início do mês.
De acordo com o economista Roberto Padovani, do Banco Votorantim, o mercado continua otimista, mantendo o sentimento observado desde que as pesquisas indicavam a vitória do Democrata.
“A leitura geral é que a gestão Biden vai produzir menos volatilidade geopolítica no mundo. Sem risco no curto e médio prazo e com muita liquidez, o mercado está otimista”, diz Padovani.
Com o pacote de estímulo econômico de US$ 1,9 trilhão nos Estados Unidos, a tendência é que se tenha muita liquidez no mercado. Somado ao risco mais baixo, é esperado que o dólar caia. “Tudo indica que teremos o fim de um longo período de dólar forte no mundo”, afirma.
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Padovani não espera grandes mudanças na política econômica. Segundo ele, o banco central norte-americano não deve dar um cavalo de pau. Com isso, é esperado que os juros continuem baixos por algum tempo.
Mesmo que Biden aumente impostos, com a injeção de dólares no país, a tendência é que isso ajude a retomada econômica, que é algo que atrai o mercado investidor.
No cenário internacional, a tendência também é de um momento favorável às principais economias da Europa e Ásia, com os governos investindo mais.