Em Rio Verde, Goiás, há produtor de milho estimando colher 50 sacas a menos por hectare, em comparação com o ciclo passado. O motivo: clima que prejudicou o desenvolvimento nas lavouras.
O produtor Ivan Brucceli conta que devido ao atraso na colheita da soja, metade de sua lavoura do cereal foi plantada fora da janela ideal e com as chuvas atrasadas mais de 30 dias, as expectativas não são das melhores. “Agora que essas espigas chegaram em fase de enchimento, chuva é essencial.”
“No último ciclo colhemos cerca de 120 sacas por hectares. Esse ano a previsão é de colher 70 sacas do grão. Em algumas lavouras, o cenário é ainda pior, tem gente que não vai colher nada”, lamenta o produtor.
Prevendo o pior, o produtor conta que optou não fazer a venda antecipada. “Como já estávamos prevendo que o clima não iria ajudar, achei melhor não realizar vendas antecipadas. Infelizmente, quem realizou contratos está correndo atrás do prejuízo para não cair em dívidas.”
Sem previsão de chuva
Para os próximos dias, a previsão não demonstra grandes mudanças no clima em Rio Verde. A expectativa é de tempo firme nas regiões centrais do Brasil, e nos próximos dez dias, a previsão ainda é de seca.
Em Rio Verde, o nível de chuva está abaixo da média desde março e deve permanecer assim ao longo mês. “Somente a partir de 28 de maio que deve ocorrer alguns episódios de chuva, mas com baixo acumulado, que deve chegar a 62 mm”, explica a meteorologista Desirré Brandt.