No Canal Rural News desta segunda-feira, 15, especialistas em crédito rural anteciparam a tendência para as taxas de juros do Plano Safra 2020/2021. De acordo com Ademiro Vian, nas linhas de investimento, que atualmente variam de 3% a 10,5%, a redução deve variar de 0,75 ponto percentual a 1,5 ponto percentual. “Não teremos nenhum grande corte nas taxas de juros, serão cortes muito modestos em todas as linhas”, diz.
A expectativa do ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura Ivan Wedekin é que o Plano Safra tenha juros menores, mas ainda mais altos do que a Selic para a maior parte das linhas de financiamento.
“A queda da taxa de juro de até 6,5% ao grande produtor, por exemplo, vai ter um impacto positivo no crédito comercial, o financiamento não bancário, e também na taxa de juros de recursos livres aplicados pelos bancos. Quebrando o monopólio do Banco do Brasil e dos bancos cooperativos, podemos ter uma concorrência maior”, pontua.
Outra vantagem para o produtor rural nesta safra, segundo Wedekin, é que o risco do crédito rural para a maioria dos agricultores estará abaixo dos outros setores econômicos, afetados fortemente pela Covid-19.