O governo federal lançou nesta terça-feira,22, no Palácio do Planalto, o Plano Safra 2021-2022, que contará com R$ 251,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional, um aumento de 6,3% em relação ao plano anterior.
Para 2022, segundo o Ministério da Agricultura, o valor do Plano Safra para subvencionar a contratação de apólices de seguro rural em todo o país será de R$ 1 bilhão. Em 2021, o anunciado foi de R$ 1,3 bilhão, mas o total de recurso disponível ficou em R$ 948,1 milhões e, no ano anterior, do R$ 1 bilhão anunciado, apenas R$ 881 milhões foram disponibilizados.
O valor atual deve possibilitar a contratação de 158,5 mil apólices, num montante segurado da ordem de R$ 55,4 bilhões e cobertura de 10,7 milhões de hectares.
Sobre este assunto, conversamos com diretor do Departamento de Gestão de Risco do Ministério das Agricultura, Pedro Loyola, que explica que existem 15 companhias de seguro habilitadas para atender ao seguro rural do Plano Safra. “Temos vários produtos de cobertura, tanto para a safra de inverno, como de verão. Temos produtos multiriscos para várias adversidades climáticas, como seca, chuva excessiva, geada, granizo e ventos fortes. Há também os produtos de riscos nomeados, onde o produtor nomeia os riscos que quer ser coberto. Também tem produtos de seguro de faturamento.”
A importância do seguro é medida em números, diz Pedro Loyola. “O seguro rural tem entregado para governo e sociedade um grande resultado. Só nos últimos dois anos, foram pagos R$ 4,6 bilhões em indenizações aos agricultores brasileiros. Basta lembrar a seca que o produtor gaúcho teve no último ano, que se pagou mais de R$ 1 bilhão para milhares de produtores, que fez com que o produtor se mantivesse na atividade, investisse em tecnologia para que se possa ter alimentos na mesa do brasileiro”, disse.
No discurso de anúncio, a ministra Tereza Cristina disse que vai atrás de mais recursos, sobretudo para o seguro rural. Loyola diz qual o valor ideal para o ministério.”Acredito que a ministra vai conseguir esses recursos e o ideal seria de R$ 1,4 bilhão, para que a gente possa fazer mais de 14 milhões de áreas seguradas no próximo ano”.
Plano trienal
Loyola diz que o plano trienal foi simplificado, tanto para as instituições financeiras como para os produtores. “Simplificamos, não precisa olhar para uma tabela. O de soja, mais tradicional, tem subvenção de 20% e as demais culturas 40%. Esse aumento inclui grãos de verão, excluindo a soja, os grupos de inverno, pecuária, floresta, seguro aquícola. É uma subvenção idêntica à da Espanha, com 40%”, disse.
Ele explica que cada um dos grupos tem um limite financeiro de até 60 mil por CPF. “Fica muito mais fácil, inclusive para os gerentes das instituições explicarem para os produtores. Vale a partir de 1 de janeiro do ano que vem até 2024”.