Semana com chuva forte sobre a região Sul. Em sete dias, a simulação GFS/Noaa indica algo entre 50 e 100 milímetros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. A simulação COSMO-Inmet, que vem prevendo melhor os extremos de chuva no Sul, indica mais de 150 milímetros em municípios do sul, leste e norte do Rio Grande do Sul e do sul de Santa Catarina.
De qualquer forma, a chuva será suficiente para um grande aumento da umidade do solo em todo o oeste de Santa Catarina, sul do Paraná e norte do Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, o aumento da umidade do solo dará impulso necessário para início da instalação das culturas de primavera, entre elas a soja, embora a cultura tenha melhor rendimento quando instalada entre outubro e novembro neste estado.
Nesta terça-feira, 14, os três estados do Sul do Brasil ficam em alerta para temporal. A chuva pode acumular grandes volumes e com ventania. As temperaturas ficam baixas. Volta a chover em áreas do sul e oeste de São Paulo e também na maior parte de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Nas demais áreas de São Paulo e em todas as outras regiões do Sudeste, em Goiás, no Distrito Federal e interior nordestino, o ar continua quente e seco. Chove de forma isolada e passageira no litoral do Nordeste, e no Norte as pancadas podem ser fortes em alguns pontos.
Entre os dois episódios de chuva forte no Sul, o primeiro entre hoje e amanhã e o segundo na sexta-feira, 17, há previsão de frio com geadas fracas na Campanha Gaúcha na quarta-feira. O frio não afeta culturas vulneráveis em desenvolvimento.
No Sudeste e Centro-Oeste prosseguem as pancadas isoladas de chuva que alcançam São Paulo, sul de Minas Gerais, Mato Grosso e oeste e norte de Mato Grosso. Embora alguns municípios de Mato Grosso recebam até 50 milímetros nesta semana, a regularização total da precipitação para um início de instalação mais segura acontecerá no início de outubro.
Prosseguindo com a previsão, entre os dias 20 e 26 de setembro, a chuva mais intensa permanecerá sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, garantindo que pelo menos por ora, há previsão de manutenção das precipitações para instalação em Santa Catarina.
No Sudeste e Centro-Oeste, a chuva até se espalha com acumulado acima dos 20 milímetros no oeste de Minas Gerais, mas ainda não representa a regularização da precipitação. A situação vai começar a mudar ainda em setembro, nos últimos dias do mês, com precipitação mais intensa sobre o oeste de São Paulo, Mato Grosso do Sul e sudoeste de Mato Grosso.
Ao longo da primeira semana de outubro, a gangorra da chuva migra de vez para o Centro-Oeste e Sudeste com acumulado mais elevado que o normal em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Por outro lado, a região Sul não vai deixar de receber chuva, mas terá precipitações mais fracas que as atuais.
Ou seja, a chuva mais intensa permanece sobre a região Sul em setembro, mas a partir do início de outubro se espalha pelo Sudeste e Centro-Oeste. Segundo os meteorologistas, há uma condição melhor para o plantio da safra 21/22, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e a parte sul do Paraná. As áreas mais ao norte do Paraná continuam com o tempo mais seco. “Até pode chover de forma significativa no norte de Mato Grosso, na região de Juína, mas nada que seja generalizado e garanta plantio nas outras áreas do Centro-Oeste”, diz Celso Oliveira, da Somar.