Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam em alta nesta quarta-feira, 24. Os vencimentos mais próximos se mantêm acima de US$ 14 por bushel, patamar que não era observado desde 9 de fevereiro.
De acordo com o diretor da consultoria Céleres, Anderson Galvão, o movimento de valorização já era esperado. “É uma combinação de estoques baixos no mundo com demanda aquecida, principalmente para recomposição de estoques na China, mas também em outros países. Vemos o mercado interno raspando o estoque num período em que o consumo do setor de proteína animal costuma diminuir”, pontua.
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Outro fator que colabora para a alta da soja é o dólar mais baixo em relação a outras moedas internacionais, o que favorece as commodities alimentares.
“Esse movimento tende a permanecer até a consolidação do plantio da safra americana”, projeta Galvão. No mercado interno, ele acredita em 50 dias de preços firmes, o que deve mudar apenas no meio do ano, com a entrada do “mercado climático”. “Podemos ter certa calmaria caso a safra americana venha com todo potencial, cheia. Por enquanto, é só uma expectativa”, frisa.