A utilização de paraquat no Brasil pode ser suspensa a partir de 22 de setembro, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi autorizada a mudar a data limite após conseguir na Justiça derrubar a liminar que impedia alterações na resolução.
O comentarista do Canal Rural Glauber Silveira afirma que o herbicida é muito importante para a agricultura brasileira, principalmente na região Centro-Oeste. “Por meio dele nós conseguimos homogeneizar a colheita da soja. Como temos um clima muito chuvoso, diferente de outros países, a soja vai tendo uma maturação mais desequilibrada, o que dificulta e prejudica a qualidade da colheita”, diz.
De acordo com Silveira, caso a data não seja alterada, o produtor brasileiro não tem muitas alternativas. Uma das poucas é o dicamba, mas, segundo ele, o produtor não controla todas as ervas que o paraquat controla.
“O prejuízo para o produtor, a Embrapa disso isso, no primeiro momento, seria de R$ 400 milhões, e vai se acumulando por conta da dificuldade de controle de ervas. Além disso, o produto alternativo que está aí no mercado custa três vezes mais. Então, você vai ter o encarecimento da produção brasileira e a perda da competitividade. É importante que aumente o prazo até que o produtor tenha outros produtos no mercado que sejam competitivos e eficientes”, frisa.