A comercialização de fertilizantes para 2021 está bastante acelerada. De acordo com a StoneX, na média, o produtor brasileiro já negociou 48% do que vai precisar no primeiro semestre do ano que vem. As compras para o segundo semestre também estão a todo vapor, chegando a 24%.
1º semestre de 2021
- Centro-Oeste e Rondônia: 71%
- Matopiba, Pernambuco, Paraíba e Pará: 54%
- Sul: 33%
- Sudeste 27%
2º semestre de 2021
- Centro-Oeste e Rondônia: 36%
- Matopiba, Pernambuco, Paraíba e Pará: 22%
- Sudeste 17%
- Sul: 13%
O analista Marcelo Mello afirma que o movimento de antecipação por parte do produtor rural começou em dezembro de 2019, quando o preço do MAP estava muito atrativo. “Isso se repetiu nas sombras da safrinha”, diz.
Segundo ele, o preço dos grão está tão alto que os agricultores estão interessados em adiantar o barter (venda de parte da produção futura em troca de insumos) e a compra física, ainda que essa última não esteja tão vantajosa, já que o preço do MAP subiu cerca de US$ 100 de dezembro para cá.
Mello chama atenção que o produtor, por exemplo, vai precisar de 5% mais soja para adquirir a mesma quantidade de fertilizantes comprada nos últimos cinco anos. “Mostra que talvez o produtor deva esperar por momentos melhores nos próximos meses”, pontua.
- Fósforo no solo pode ajudar na economia de fertilizantes
- Relação de troca entre soja e fertilizantes é uma das melhores nos últimos 5 anos
A pesquisa
De acordo com o analista da StoneX, os produtores e entidades que responderam a pesquisa representam 25% do total da área plantada no Brasil na safra 2020/2021, incluindo o que deve ser semeado na safrinha. Produtores de grãos são mais da metade dos consultados, mas há também quem cultive cana-de-açúcar, café e outras culturas.