O Ministério da Saúde reuniu representantes dos estados para discutir estratégias para caso o coronavírus se espalhe pelo Brasil. Entre as hipóteses levantadas está o fechamento das escolas, o que pode prejudicar a demanda pelos alimentos fornecidos pela agricultura familiar.
“O que sabemos, pela experiência de outros países, é que o vírus tem capacidade de disseminação muito grande, o que força a paralisação de lugares onde pode atingir”, afirma o comentarista Miguel Daoud.
Segundo ele, outra preocupação é o fato do Ministério da Agricultura não ter um plano para lidar com isso. “É uma situação muito grave e o ministério tem como responsabilidade a segurança alimentar. O que ele fará? Como vamos conviver com isso? Torço para que não aconteça, porque nos países em que a doença chega a paralisação é total”, diz.
- Agricultores assentados pedem socorro: ‘A gente luta, mas não consegue’
- Agricultura familiar: Senar vai ajudar produtor a acessar crédito rural
Daoud afirma, ainda, que o Congresso pode aproveitar a tensão causada pelo coronavírus para postergar a agenda de reformas, o que prejudicaria a economia do país. “O pior é ouvir um pronunciamento do Paulo Guedes dizendo que vai encaminhar as reformas. Por que não encaminhou até agora? Os efeitos não são imediatos”, dispara.