A ministra Tereza Cristina já reiterou a importância da assistência técnica no desenvolvimento da agropecuária brasileira. Segundo ela, a equipe da pasta trabalha para levar o serviço a todos os produtores rurais do país. Empossado em 30 de junho, o presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Ademar Silva Junior, afirma que o desafio não é a falta de técnicos, mas o orçamento para buscar, qualificar e colocá-los em campo.
“Temos uma boa quantidade de profissionais formados e todo ano tem uma leva enorme de novos agrônomos, zootecnistas, veterinários e técnicos agrícola. O que precisamos, primeiro, é dar acesso à pesquisa, a conhecimento que não seja só de universidade”, diz. De acordo com ele, é aí que entra a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Ela produz a pesquisa e a gente leva isso para o campo”, complementa.
Assim como Tereza Cristina, o presidente da Anater também tomou para si a responsabilidade de aproximar a assistência técnica do agricultor. “Temos foco muito forte na agricultura familiar, é nosso principal público e está muito bem atendido, mas a gente tem que abrir um pouco mais e chegar ao médio produtor rural”, conta.
Silva Junior ressalta que o governo atual começou com um enxugamento orçamentário muito forte, com cortes para ter controle financeiro, o que pode impactar também a assistência técnica. “Mas a ministra [Tereza Cristina] tem, em seu projeto de desenvolvimento de gestão, total prioridade à Anater, por isso a gente trabalha com orçamento na casa de mais de R$ 100 milhões para 2019”, declara.
Pensando no Brasil como um todo, diz o presidente, é pouco dinheiro. “Mas é neste momento que precisamos pegar o recurso e potencializá-lo. Um dos instrumentos para isso, do nosso ponto de vista, é a tecnologia. Uma ferramenta online tem esse poder de democratização, chega a todos”, explica.
O órgão acredita que o Sistema de Gestão de Ater (SGA) é o carro-chefe dessa tecnologia. Consistente em um aplicativo compatível com celulares, computadores e outras ferramentas mobile. “O extensionista tem a possibilidade de trabalhar online ou offline, e consegue conectar e identificar o que o produtor está fazendo, gerando resultados mais factíveis”, afirma.