O Produto Interno Bruto do agronegócio do estado de São Paulo avançou 8,27% em 2020, segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Trata-se da alta mais intensa desde 2010, quando o crescimento atingiu 12,17%. Com isso, em 2020, o agronegócio paulista representou 14% do PIB do estado, sendo esta a maior participação da série histórica, iniciada em 2008.
Segundo pesquisadores do Cepea, assim como no agronegócio brasileiro, o setor em São Paulo registrou avanços em ambos os ramos (pecuário e agrícola), com destaque para o segmento primário.
O ramo pecuário foi impulsionado sobretudo pela elevação dos preços das proteínas. Além disso, a pecuária paulista expandiu a produção e o abate de suínos e aves e a produção de ovos. Assim, em 2020, a participação do ramo pecuário no agronegócio paulista chegou a 20%, a maior da série histórica.
Quanto ao ramo agrícola, o destaque foi o segmento primário. Segundo pesquisadores do Cepea, os preços subiram e a produção do estado aumentou, puxada principalmente por cana-de-açúcar, café e soja. A agroindústria agrícola também cresceu, com avanços nos preços e no volume produzido. O ramo agrícola manteve o destaque na participação do agronegócio paulista, respondendo por 80% do PIB.
Ainda de acordo com pesquisadores do Cepea, os segmentos pós-porteira (agroindústria e agrosserviços) mantiveram as maiores participações no PIB do setor em 2020 – uma característica que marca o perfil do agronegócio paulista.