A China publicou um novo projeto de lei sobre a gestão de suas reservas de grãos, com o objetivo de implementar a supervisão dos estoques em regiões e províncias, no momento em que o país asiático tenta reforçar sua segurança alimentar.
Segundo o órgão estatal de planejamento, os governos locais devem acumular reservas de grãos processados e óleos em uma escala apropriada em áreas centrais de cidades de médio a grande porte e regiões com mercados propensos à volatilidade.
As reservas devem ser utilizadas apenas em casos de escassez óbvias de grãos, movimentos significativos nos preços, grandes desastres naturais ou outras emergências.
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Segundo o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, o novo plano chinês pode contribuir para o protagonismo do país asiático no cenário mundial. “A China vai investir muito em tecnologia nos próximos anos para desbancar os Estados Unidos como principal potência econômica, e ela dará início a esse plano a partir da segurança alimentar”, avalia.
Ainda de acordo com Daoud, o aumento dos estoques na China pode ser favorável ao agronegócio brasileiro. “Isso é positivo para nós. O que o Brasil tem que fazer é se preparar para atender a toda essa demanda”, ressalta.