Neste sábado (4), o interior da região Sul já deve receber as primeiras pancadas de chuva associadas à formação de uma área de baixa pressão. Esse sistema, por sua vez, dará origem a um ciclone extratropical, que, no domingo (5) causará temporais em grande parte do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
“E essa chuva não vem sozinha: vem com muita ventania, descargas elétricas e, eventualmente, queda de granizo”, alerta a meteorologista Desirée Brandt, da Climatempo. Nos próximos sete dias, os acumulados de chuva somam mais de 150 mm no centro e oeste do Rio Grande do Sul.
Entre 10 e 16 de junho, a frente fria associada ao ciclone extratropical deve avançar para vários estados, espalhando chuva pelo Sudeste. São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, devem registrar volumes acima da média para o período.
“O normal seria acontecer uma ou outra pancada, com volumes mais baixos. Mas temos a expectativa de umidade um pouco maior nesses dias, o que pode prejudicar algumas atividades no campo”, diz a meteorologista.
Essa chuva deve chegar também ao Centro-Oeste. No sudoeste de Mato Grosso, pode haver registro de até 60 mm de chuva.
Toda essa chuva prevista pra o período vai afetar a produção agrícola no país. No Sul, prejudica o plantio de trigo, que já está lento por causa da frequência de pancadas. A água que vai cair beneficia a cana-de-açúcar em desenvolvimento no interior paulista. Entretanto, dificulta a colheita de cana em Mato Grosso do Sul. A chuvarada em Mato Grosso vai afetar a pluma de algodão.
Na faixa norte do país, os prejuízos se referem à colheita da soja no Maranhão. No Sudeste, afetam a secagem de café arábica do sul de Minas e na região da Mogiana. Além disso tudo, a chuva persistente na faixa leste da região Sul e de São Paulo vai prejudicar o embarque de soja nos portos de Paranaguá e de Santos.