A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) está tentando junto ao governo do estado de São Paulo a redução da carga tributária do ICMS sobre a produção de leite pasteurizado no estado. A atividade ficou de fora do recuo que o governador João Doria deu sobre o aumento de tributação sobre o alimento.
Segundo o comentarista Miguel Daoud, como a Faesp está fazendo essa tentativa, é bem provável que a situação se resolva, já que a entidade tem grande peso na pressã popular. “O governador quer ser presidente em 2022 e, se for pressionado, ele pode ceder”, disse.
No entanto, caso essa pressão não funcione, a preocupação é de que os produtores de leite deixem a atividade. “A rentabilidade do produtor não cresceu como dizem e, quando se tem o aumento de carga tributária, acaba destruindo um setor. A minha grande preocupação é dizimar os produtores de leite, que são agricultores familiares que vão, no fim das contas, parar na fila do auxílio emergencial. Que é algo que não vai existir para sempre. O leite não é uma questão econômica, é uma questão social para quem produz e quem consome”, completou.