O cultivo de microverdes está se consolidado no mundo graças à rapidez no processo produtivo. Tratam-se de plantas, como hortaliças, colhidas entre 7 e 21 dias após a germinação. Neste período, as primeiras folhas (cotiledones) estão totalmente desenvolvidas e as folhas verdadeiras já estão presentes.
No Brasil, produção e consumo ainda estão dando os primeiros passos. De acordo com a presidente da Isla Sementes, Diana Werner, existe pouca ciência adaptada às características locais de cultivo e agricultores têm produzido de maneiras diferentes. Alguns fazem floating, outros produzem dentro de contêineres, com sistemas 100% controlados.
“Eles estão buscando diminuir um dia no ciclo, deixar a cor da planta de uma forma ou de outra de acordo com a luz ofertada”, conta Diana. Ela ressalta que entre as técnicas mais simples e as mais tecnificadas existe um espectro com muitas alternativas.
Muitos vegetais têm sido adaptados, por meio de pesquisas, para se adequarem à nova realidade de consumo. Segundo a presidente da Isla, isso responde à preocupação crescente com sustentabilidade — ambiental e social — e abre um leque maior de variedades. “Atendendo nichos específicos que trazem benefícios ao produtor e ao consumidor final”, diz.
A produtora de hortifrútis Aldaci Belle veio do interior para participar do Dia de Campo, em Viamão (RS). Ela queria conhecer as novidades e aprender mais, pois acredita que é um mercado muito promissor. “Temos sempre muito mais demanda do que o que é produzido. Sempre falta alguma coisa”, conta.