Produtores de milho de Mato Grosso estão revivendo uma polêmica antiga: divergências na classificação dos grãos entregues às empresas. Segundo denúncia dos agricultores, os níveis de produtos avariados ficam muito acima das avaliações feitas por profissionais isentos. Indignado, o setor produtivo quer mudança na legislação.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) afirma que as associadas seguem a instrução normativa do Ministério da Agricultura para a classificação de grãos, além de regras internacionais, mas lembra que o tamanho da amostra classificada comercialmente pode ser menor do que o aplicado pela pasta, já que os defeitos são mensurados em porcentagem.
A entidade ressalta, também, que os classificadores são profissionais capacitados tecnicamente para o serviço e que a determinação de umidade é realizada por equipamentos com padrão do Inmetro e respeitam a portaria específica sobre o tema.
A Abiove destaca, ainda, que os produtores que não concordarem com a avaliação podem optar por não descarregar o produto e solicitar uma nova classificação, que é realizada com o fornecimento da contra-amostra. “A arbitragem aos produtores é sempre atendida, quando solicitada, desde que o processo siga as regras de segurança da unidade de recebimento”, finaliza.