O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira, 15, a medida provisória que vai liberar R$ 20 bilhões para a compra de vacinas contra a Covid-19, mas ressaltou que o uso não vai ser obrigatório e quem quiser tomar o imunizante vai precisar assinar um termo de responsabilidade.
O governo tenta negociar com fabricantes, especialmente a Pfizer, que já tem o imunizante em uso no Reino Unido e Estados Unidos, a compra de doses de vacinas para além do acordo com a Oxford, cujos testes clínicos ainda não foram liberados.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que vacinar a população é mais barato do que prorrogar o auxílio emergencial, que terminou este mês. Segundo Neto, não há espaço fiscal para prolongar gastos públicos e que é necessário passar ao mercado uma mensagem que há intenção de retorno à austeridade fiscal, ou o Brasil corre o risco de piorar o perfil da dívida.
O comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud, concorda com o presidente do Banco Central e acredita que a vacina é a última esperança da humanidade para voltar à normalidade. “Hoje o governo já disse que não tem condições de dar o auxílio emergencial, porque temos milhões de brasileiros que dependem do auxílio e a economia não muda como um botão de liga e desliga, ela tem um momento de descompressão. Se for analisado, se for possível vacinar a população, o cenário vai voltar econômico volta a ser o que era antes da pandemia”, completa.