A raça holandesa pode até ser a menina dos olhos dos produtores brasileiros, mas não é a única a fazer bonito na pecuária leiteira. No 15º Agroleite, que acontece no município de Castro, no Paraná, outras raças também provam que têm valor.
A simental é uma delas. Ela é mais rústica e tem o temperamento bem dócil. Há cerca de 400 mil desses animais e cruzamentos no país. Um dos principais tipos de cruzamento é com a holandesa. O resultado é o gado simlandês, que está em processo de reconhecimento pelo Ministério da Agricultura.
– Você tem um bezerro que serve no confinamento para produzir carne de qualidade e outras características mais. É um sucesso a raça aqui na região – diz o presidente Associação Brasileira de Criadores da Raça Simental, Alan Fraga.
Outra raça que está se destacando no evento, a pardo-suíça, pode até perder em quantidade de leite produzido para a holandesa, mas a qualidade do produto pode ser superior.
– O diferencial da vaca parda é que ela produz mais gordura em comparação com a vaca holandesa. A vaca holandesa tem mais produção que a vaca parda, então ambas elas se igualam em preço final – afirma o criador de gado pardo-suíço, Korstiaan Bronkhorst.
Criador no município de Arapoti, no interior do Paraná, Bronkhorst foi o campeão da exposição nacional da raça pardo-suíça que aconteceu no Agroleite. Ganhou como melhor expositor, criador, faturou o terceiro lugar e fez a vaca grande campeã da raça. Ele diz que todo este sucesso é resultado de muita dedicação.
– A genética ajuda, o acasalamento que a gente faz, a vaca tem que ter conforto e uma boa alimentação se chega muito longe – diz.