A raça mangalarga marchador é tipicamente brasileira e surgiu há cerca de 200 anos, no sul de Minas Gerais. Ela foi formada através do cruzamento de cavalos da raça alter, trazidos de Portugal, com animais selecionados pelos criadores da região mineira.
O Brasil possui, atualmente, um plantel com aproximadamente 450 mil exemplares da raça, com mais de 10 tipos de pelagem. Entre as principais variedades estão o castanho, o tordilho e o alazão.
O criador Nilo Moraes de Moura diz que foi conquistado pela beleza do cavalo e há 11 anos decidiu criar a linhagem pampa da raça. Hoje, ele já possui seis animais com esta característica. Diferencial que, segundo Moura, valoriza ainda mais o cavalo na hora da venda.
“Nenhum animal pampa é igual ao outro, todos têm um detalhe diferente. Além disso, eles são muito mansos e dóceis. Todo mundo quer ter um cavalo pampa, de preferência preto”, diz.
Renato Rodriguez da Cunha, também criador, possui no plantel mais de 100 animais, a maioria de pelagem alazão. Essa variedade é de tonalidade mais avermelhada, geralmente com a crina e a cauda da mesma cor do restante do corpo.
“Essa variedade nós não temos e é oriunda dos árabes. Dizem que ‘ausan’ seria o termo para ‘o cavalo’ e este animal tinha essa cor que a gente começou a tratar como alazão. Nós importamos esse nome de um cavalo dessa pelagem e colocamos como uma pelagem daqui”, explica Cunha.
O vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), Antônio Sérgio Barbosa, afirma que todos os tipos de pelagem são aceitos na raça, com exceção do albino.
O cavalo albino é conseiderado um defeito físico de pelagem, facilitaria a ocorrência de doenças de pele, como câncer. “Pode aparecer, por exemplo, doença de câncer em volta dos olhos, na boca ou ânus. Então, na montagem do padrão da raça, isso foi caracterizado como defeito e excluído do registro”, explica.