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Jornal da Pecuária

Animais começam a chegar ao parque da Expointer

Primeiros exemplares dão entrada no local onde será realizada a feira agropecuária que é considerada a maior a céu aberto da América Latina

ovelhas
Juliana Baratojo/divulgação

O parque Assis Brasil, em Esteio (RS), começou a receber nesta segunda-feira, dia 20, os primeiros animais que estarão em exposição na 41ª Expointer. A programação oficial da feira agropecuária que é considerada a maior a céu aberto da América Latina começa no próximo sábado, dia 25. Segundo a organização do evento, a entrada de animais prossegue até sexta-feira, dia 24, e são esperados 4.247 animais de argola (de exposição) e 1.817 rústicos (comerciais).

Uma ovelha de 2,5 anos da raça texel foi o primeiro animal a entrar no parque ovelha. Ela veio de Uruguaiana, viajou 10 horas e chegou acompanhada de seus filhotes, um casal de quatro meses.

Já o primeiro equino a pisar no parque neste ano foi Nobre da Marana. O animal de 2,5 anos veio da região central do Rio Grande do Sul para a final da morfologia do Freio de Ouro. O cavalo é um dos 395 exemplares da raça crioula que vão estar na Expointer. “Ele é uma das grandes apostas para termos um êxito bom. Bem bonito, bem estruturado, um cavalo comprido que tem tudo o que estão pedindo dentro da raça”, afirma o cabanheiro Paulo Saragoza.

Assim que entram no Assis Brasil, os animais passam por uma conferência feita pela fiscalização agropecuária. A chegada antecipada é para que os animais se adaptem melhor à nova rotina. De acordo com o comissário-geral da exposição, José Arthur de Abreu Martins, muita gente questiona por que os bichos devem chegar tão cedo, com quase uma semana de antecedência. “Tem toda a questão da adaptação, (pois) o ambiente da exposição é muito estressante”, diz.

Martins afirma que os animais perdem muito peso no transporte, e esse período anterior à exposição dá condições para sua recuperação, “para que eles cheguem no início da semana que vem aos julgamentos de classificação no seu pleno estado”.

Os exemplares também precisam chegar cedo para a conferência de documentação que atesta que estão em boas condições sanitárias para participar de uma exposição. “Também passam por um último pente-fino, um exame visual para identificação de alguma doença infectocontagiosa, alguma parasita externo”, relata o comissário-geral.

O número de bovinos de corte e caprinos cresceu na Expointer deste ano. Os pequenos animais, que não participaram ano passado, somam agora mais de 1.400 exemplares. Ao todo, são 145 raças de animais de argola (de exposição) inscritos nesta feira.

A atual edição da Expointer oferece uma nova estrutura para os animais, que também beneficia os tratadores. O diretor administrativo do parque, Sandro Schlindwein, afirma que havia dificuldades para cuidar dos animais em dias de chuva ou de sol intenso. “A gente pensou no bem estar tanto dos animais, quanto das pessoas que tratam”, diz.

“Esperamos que esta seja a maior de todas as feiras. A expectativa é grande, porque tem confirmado um número maior de animais, os expositores todos que participaram ano passado mostraram interesse e confirmaram presença, então só estamos esperando a população”, diz Schlindwein.

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