Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Arroba do boi a R$ 145 não favorece a indústria

Consultoria MB Agro afirma que preços altos só estão beneficiando o pecuarista e limitam o consumidorO sócio-consultor da MB Agro Alexandre Mendonça de Barros afirmou nesta quarta, dia 3, que a arroba do boi gordo a R$ 145 favorece o pecuarista, mas pressiona a indústria, que vê suas margens comprimidas. 

Segundo ele, o reflexo do preço da carne bovina no varejo, a pressão vinda das margens menores dos frigoríficos, a situação de países importadores e a concorrência de frangos e suínos podem comprimir o preço da arroba. 

– O grande ganhador tem sido o pecuarista e não a indústria. As margens não estão alinhadas e os preços altos limitam o consumidor – disse Barros.

Para o consultor, o primeiro impacto na demanda de carne deve vir do ajuste fiscal recessivo, previsto para ser feito na economia em 2015. 

– Os grandes mercados do Brasil, países árabes, Rússia e Venezuela dependem muito do petróleo, que está em queda, e teremos de buscar outros destinos para manter a exportação. O preço do frango vai cair a partir de janeiro e isso também pressionará o bovino – disse.
 
Mesmo com a retração prevista, os preços do boi gordo devem seguir firmes, com margens boas, segundo o consultor. Essa sustentação virá na esteira da queda dos preços dos grãos, um dos insumos para a cadeia, mesmo com as dificuldades em mercados externos, do dólar, cuja projeção da MB Agro aponta para a moeda norte-americana em R$ 2,80. 

– O mercado mundial está arbitrado entre US$ 50 e US$ 55 a arroba, exceto nos Estados Unidos. Isso ajuda muito a exportação com o dólar em R$ 2,80 – explicou Mendonça de Barros. 

Ainda segundo ele, outro fator positivo externo é a pressão de oferta dos Estados Unidos e da Austrália, com rebanhos em queda e, consequentemente, ofertas menores para exportação.

– O rebanho dos Estados Unidos é o menor em 60 anos, com quedas por três anos seguidos, de 2013 a 2015. O abate na Austrália deve cair de 8,3 milhões para 7,4 milhões de cabeças entre 2014 e 2015. Ou seja, há uma clara contração na oferta – concluiu. 

Sair da versão mobile