O Banco do Brasil irá negociar as dívidas de custeio agrícola e investimento dos produtores de leite de todo o país. A decisão foi repassada para a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite) e Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que haviam solicitado a demanda.
De acordo com o presidente da associação, Geraldo Borges, é a terceira vez em que a entidade pleiteia em favor dos produtores. “No ano passado, o Banco do Brasil tinha prorrogado as dívidas de 2017. Até 30 de dezembro era o prazo para o produtor procurar a agência e fazer a prorrogação, o que, de uma forma coletiva, foi autorizado. Esse prazo foi prorrogado até 30 de março, para negociar todas as dívidas de custeio e investimento que venceram em 2017. A Abraleite solicitou uma terceira vez, junto com a FPA, que as dívidas que estariam vencidas e vencendo em 2018 fossem também parceladas”, conta.
Conforme consta no documento enviado pelo banco, será necessário que os produtores paguem 20% do débito ainda em 2018. O saldo restante poderá ser prorrogado por três anos. Borges explica que no ofício não consta a data limite para os produtores renegociaram a dívidas, mas recomenda que isso seja feito o quanto antes.
O presidente da Abraleite destaca que é uma solução paliativa, servindo como oxigênio para os pecuaristas. “Para esse produtor tentar se equilibrar enquanto a cadeia se recupera desse problema, que tem vivido desde maio de 2017. Uma queda constante dos preços. A baixa ou nenhuma remuneração nos preços”, esclarece.