– A ministra (Kátia Abreu) pretendia viajar para finalizar o acordo, mas eles (autoridades chinesas) pediram para assinar aqui – conta Fernando Sampaio, diretor executivo da Abiec.
A nova versão do protocolo prevê que somente carne proveniente de bois com idade até 30 meses poderá ser exportada. A cláusula tem por objetivo descartar qualquer risco de embarque de carne de animais com suspeita de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca – casos atípicos da doença, que atinge animais mais velhos. Para Sampaio, a mudança não traz impactos negativos às perspectivas de exportação.
– Não há nada no protocolo que o Brasil não possa cumprir, e os bois que enviamos para o abate normalmente já têm idade inferior a 30 meses –diz.
Após a assinatura, a retomada das exportações é quase imediata. Hoje, o Brasil possui oito unidades habilitadas para produzir carne bovina para o mercado chinês. Sozinhas, as fábricas respondiam pelo embarque de 17 mil toneladas por ano à China em 2012, quando o país embargou a carne bovina brasileira após a confirmação de um caso de EEB no Paraná.
A Abiec espera que o volume exportado e o número de unidades habilitadas sejam ampliados após a liberação dos embarques. A entidade afirma que outras 11 fábricas já foram auditadas pelos chineses para serem credenciadas, enquanto outras aguardam por visitas de inspetores.