Há, no entanto, uma forte pressão dos países vizinhos para que a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul seja reduzida para 14%.
Segundo o diretor do Departamento de Assuntos Comerciais no Exterior do Ministério da Agricultura (Mapa), Benedito Rosa, a proposta foi apresentada com antecedência à Câmara de Comércio Exterior (Camex) com receio de que esta decisão não viesse a ser tomada até o fim do ano.
– Como estes produtos não estão na lista de exceção, e sim em uma lista especial com prazo até 31 de dezembro, nós, Ministério da Agricultura, conseguimos convencer os demais ministérios, e assim o Itamaraty foi instruído a pleitear esta decisão comum do Mercosul – afirma Rosa.
Não é a primeira vez que o Mercosul tenta uma solução para a questão da TEC e não conseguiu, diz o diretor. Ele afirma que há um consenso dentro do bloco para discuti-la, e os ministros do Comércio Exterior dos países membros se reunirão na próxima semana para isso.
– Aguardamos com confiança que o Mercosul deverá tomar uma decisão favorável de prorrogar o prazo, porque seria muito ruim para os produtores de leite do Brasil e produtores de pêssego se esta tarifa despencar de 28% para 14% ou de 35% para 15% no caso do pêssego. Isso prejudicaria porque entraria mais produtos importados no momento em que os preços do leite estão baixos – explica Benedito Rosa.