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Cavalos recebem tratamento especial para conquistar prêmios

Animais participam da Exposição Nacional do Mangalarga Marchador, que acontece em Belo Horizonte (MG)

Treinados como verdadeiros atletas muitos cavalos campeões possuem equipes inteiras de tratadores à disposição, o objetivo é conquistar o campeonato da Exposição Nacional do Mangalarga Marchador, que acontece em Belo Horizonte (MG) desde a última quinta, dia 16.

Um dos exemplos desses cavalos com treinamento especial é o Forro do Aro, que aos quatro anos de idade já conquistou cinco campeonatos nacionais, dois deles na exposição deste ano. Ele é o principal cavalo do Haras Serra Bela, que possuí mais de 400 animais da raça Mangalarga Marchador.

– Ele ganhou o primeiro título nacional no ano passado. Esse ano já foi campeão nacional de marcha, campeão nacional de raça na categoria dele e é um cavalo que ainda tem muito potencial pela frente – afirmou o gerente do haras, Hans Norremose Junqueira.

O animal possui uma equipe inteira para cuidar da alimentação, manejo sanitário e treinamento. Todo cuidado é pouco já que ele vale quase R$ 2 milhões.

– Além de ir muito bem nas pistas, é um cavalo que tem potencial até mesmo pela genética dele, de reproduzir muito bem, colaborar muito com a reprodução – afirmou Junqueira.

De acordo com Ricardo Soff Meirelles, treinador há mais de 10 anos, além da genética, o treinamento faz toda diferença.

– O treinamento de rédeas, de marcha, de temperamento, faz toda a diferença. Fazer um campeão é muito difícil e, de cada 80 cavalos domados em um ano, apenas cinco têm chances de serem campeões – disse Meirelles.

Além da genética e do treinamento, o entrosamento entre o cavalo e o cavaleiro também é importante na hora da prova.

– A gente, quando enxerga que um cavaleiro tem muita habilidade, ele consegue extrair de um cavalo o que ele tem de melhor. Nós falamos que além da qualidade do cavalo tem que ter a qualidade do cavaleiro, de quem está no comando. A gente costuma a falar que é 50% a 50% –afirmou Tiago de Resende Garcia, diretor da Escola Nacional de Árbitros.

Em competições como a Exposição Nacional do Mangalarga Marchador, às vezes os cavalos precisam esperar até 10 dias nas baias e alguns cuidados devem ser tomados para evitar lesões e cólicas nos animais.

– Ao chegar na exposição, é bom dar uma volta com o animal para ele conhecer o parque, para ele relaxar, entrar na baia e observar se está tudo certinho dentro da baia. Alimentação precisa ser muito bem organizada, você não pode dar a mesmo quantidade de ração que você dá quando o animal está solto na fazenda. A gente sempre indica que o máximo que deve dar para o cavalo é de dois a três quilos de ração por dia divididas em porções, não adianta você pegar três quilos e colocar tudo de uma vez porque isso pode levar a cólicas e até outras doenças – aconselhou Cleyton Eustáquio Braga, chefe do Hospital Veterinário de Equinos.

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