As fortes chuvas que caíram nos últimos dias no Rio Grande do Sul provocaram perdas para produtores rurais da região oeste do estado, na fronteira com a Argentina. De acordo com Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), 177 municípios gaúchos informaram perdas entre os dias 23 e 31 de maio.
Na pecuária, a atividade mais prejudicada foi a produção de leite. Mais de 18 mil produtores, além de inúmeras usinas de beneficiamento, deixaram de coletar 13,8 milhões de litros, correspondendo a aproximadamente 14% da produção do Estado no mesmo período, quer por problemas no escoamento da produção ou pelo desconforto animal devido à inacessibilidade ao consumo forrageiro. Nas pastagens, 780 mil hectares, entre cultivadas e nativas, tiveram suas áreas inundadas, diminuindo a capacidade de suporte, bem como a qualidade da forragem.
Agricultura
Dos 830 mil hectares cultivados com os principais grãos de verão e inverno, 75 mil hectares foram afetados, resultando em aproximadamente 110 mil toneladas perdidas ou com sua qualidade prejudicada, sendo o milho, a soja e o trigo as culturas mais afetadas. O total de produtores atingidos nessas atividades soma 5,3 mil.
Com relação à produção de frutas, 200 produtores tiveram 1.500 hectares atingidos, que resultaram em 2,9 mil toneladas de produto perdido ou comprometido em sua qualidade, especialmente frutas cítricas e caqui. Na horticultura, 3,7 mil produtores tiveram sua produção prejudicada.
Ao todo, 2.557 comunidades enfrentam problemas com escoamento da produção primária por causa das estradas prejudicadas. Foram informadas avarias em 674 casas, 686 galpões, 15 armazéns, 59 silos, 59 estufas de fumo, 102 estufas, 914 açudes para piscicultura, 35 aviários e 23 granjas de suínos.