O mercado de frango orgânico está em crescimento no Brasil. A Kôrin, principal empresa do setor conta que dobrou a produção de aves em relação a 2015. A primeira exportação de frango orgânico do país vai ser feita em junho, em um carregamento para Hong Kong.
O animal precisa de comedouros bem servidos de ração, ventiladores para aliviar o calor e asperssor de água para refrescar. A granja orgânica tem uma estrutura muito parecida com a da granja convencional. O detalhe que faz toda a diferença é que as aves não ficam só confinadas, elas saem e podem ciscar a vontade numa área de pastejo, que fica ao redor do galpão.
A médica veterinária da empresa, Leikka Iwamura, conta que as aves ficam na granja o mesmo do sistema convencional, 45 dias. Mas a produção orgânica tem algumas exigências. A população no aviário deve ser de no máximo 10 aves por metro quadrado.
“Nós não podemos usar nenhum tipo de antibiótico, anticcocidiano, promotor de crescimento ou produtos transgênicos. Organismos geneticamente modificados também não entram neste sistema de produção. Nem na produção da ração, nem nos produtos que são usados dentro dos aviários”, explica Leikka.
Pra a veterinária, a falta de medicamentos não compromete a sanidade dos animais. Ela conta que a taxa de mortalidade das aves é menor que 2%, nível considerado baixo até em comparação aos aviários convencionais.
“As medidas sanitárias são adotadas, com intervalo entre lotes e com a limpeza do aviário. O controle de entrada de pessoas e de veículos também é anotado no sistema orgânico. A alimentação é feita toda dentro da granja, fornecimento da água, de ração”, explica.