Criadores de mangalarga marchador esperam movimentar R$ 200 milhões em 2016

Novo presidente da entidade quer ampliar o número de exemplares da raça de cavalos e criar novos núcleos de capacitação de mão de obra para trabalhar com equinos

A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) espera manter o mercado aquecido para a raça em 2016 e movimentar R$ 200 milhões em eventos e venda de animais. A projeção foi divulgada pelo novo presidente da entidade, Daniel Borja, que assumiu o cargo nesta terça, dia 5. 

No ano passado, a ABCCMM realizou 300 leilões oficiais, 15% a mais que em 2014. O plantel do mangalarga marchador no Brasil é de cerca de 500 mil animais. Mais da metade deles está em Minas Gerais, considerado o berço da raça.

O objetivo da associação de criadores é aumentar em 30% o número de exemplares e criar núcleos de capacitação em todas as regiões do país. Hoje há três escolas destinadas à formação de mão de obra para trabalhar com equinos em Minas Gerais.

De acordo com Borja, a ABCCMM fará parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para ampliar a quantidade de núcleos. “O salário para mão de obra qualificada varia de R$ 3 mil a R$ 10 mil”, diz ele.

A raça passa por um momento de expansão comercial e na quantidade de eventos, afirma Flávio Souza Carmo, há mais de duas décadas dedicado à criação do marchador. “Também há expansão de mão de obra direta e indireta. Estamos bastante otimistas neste começo de ano”, diz.

Carmo mantém 380 animais em um haras próximo a Belo Horizonte. No ano passado, ele vendeu 75 animais, e espera superar a marca em 2015. 

Para tanto, o criador planeja aumentar a produção de embriões em 20% e conquistar novos mercados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará. “Com a chegada dos leilões virtuais, a gente consegue abranger criadores do Brasil inteiro”.