No dia mundial do leite – comemorado nesta quarta, dia 1 – mais de 100 países fizeram eventos para promover o consumo e ampliar o debate sobre o atual cenário. O excesso do produto tem gerado protestos ao redor do mundo, mas no Brasil, por outro lado, a produção vem apresentando queda. Para o setor lácteo, é urgente a abertura de novos mercados para resgatar a rentabilidade do setor.
Na capital federal, o vento “Brasília Fest Leite” ocorreu na Câmara dos Deputados e teve como ponto principal um projeto de lei que tramita no Congresso que permitiria o pagamento de dívidas do INSS com créditos que os laticínios têm para receber de PIS e Cofins.
O evento abriu espaço para revelar o cenário mundial do leite, que enfrenta excesso de oferta e acaba afetando todos os elos do setor. Enquanto a produção leiteira cresce no mundo, os produtores brasileiros estão reduzindo o volume de leite em 3% ao ano. “Aqui na América do Sul temos aspecto climático com impacto negativo na Argentina e no Uruguai, que esperam produção de 10% abaixo de 2015”, analisou o Nilson Muniz, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida.
Recuperação
O cenário desfavorável com preços em queda fez multiplicar os protestos dos produtores de leite no mundo. Nesta semana, a Alemanha liberou mais de 100 milhões de Euros de subsídios. No Brasil, as lideranças do setor estão trabalhando com planejamento a médio e longo prazo para ampliar o mercado apostando que a crise é passageira.
“Este é o momento de nós fazermos acordos de equivalência sanitária para exportação, por exemplo, para o México ou exportar para China. (…) Precisamos de ações de promoção dos produtos lácteos do Brasil no mercado internacional, para o Oriente Médio, Ásia e América Central para que, no momento que o mercado reaja, nós já estejamos consolidados no mercado”, disse Marcelo Martins, diretor executivo da Viva Lácteos.