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No dia do ovo, Brasil quer aumentar consumo

País quer voltar a crescer no mercado interno e aumentar exportações, que perderam competitividade com elevação do preço do milho

Fonte: Pixabay/divulgação

No Dia Mundial do Ovo, comemorado nesta sexta-feira, dia 14, o Brasil elabora ações para promover um setor que passou por dificuldades em 2016. O desafio é voltar a crescer no mercado interno e aumentar as exportações, afetadas pela variação cambial que valorizou o preço do milho, utilizado na ração das poedeiras. 

No Rio Grande do Sul, estado que tem o maior consumo per capita de ovos do país – 227 unidades por habitante por ano –, o desafio é aumentar o consumo por meio da profissionalização do setor e de investimento em tecnologia.

O Projeto Ovos RS, desenvolvido pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), estabelece uma série de exigências, como boas práticas de produção e biossegurança. As granjas que cumprem pelo menos 70% dos critérios têm o direito de usar um selo de qualidade na embalagem do produto.

O diretor-executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, afirma que isso vai dar ao consumidor garantia de que há suporte técnico à produção. “Sempre com orientação para produzir mais e com qualidade”, diz.

Mercado

O ano de 2016 tem sido difícil para os avicultores. A variação cambial poderia ter ajudado a exportação de ovos, mas o milho também se valorizou e acabou travando o mercado externo. Para Anderson Herbert, que faz parte do comitê gestor do Projeto Ovos RS, a quando os preços do cereal começaram a subir demais, foi preciso parar de exportar.

Assim, mercados que se abasteciam no Brasil foram buscar ovos mais baratos na Europa. Herbert afirma que foi possível manter embarques de ovos industrializados, como gema com açúcar para o Japão, por exemplo. “Mas o grande volume se concentra no ovo em casca em mercados como do Oriente Médio, principalmente nos Emirados Árabes”.

Outra notícia que vem movimentando o setor é a exigência de alguns mercados em não comprar ovos de aves criadas em gaiolas. A decisão se restringia, até então à União Europeia e ao estado americano da Califórnia. A mudança do sistema de produção no Brasil implicaria aumento de 35% nos custos, de acordo com a Asgav.

O coordenador da área de Postura Comercial da associação, Daniel Bampi, acredita que os criadores brasileiros teriam dificuldade de adaptação à exigência. Neste momento, entretanto, a maior preocupação é qualificar o produtor e investir na pesquisa.

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