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Exportação de carne suína deve crescer em 2015 após recuo no ano passado

Embarques caíram 4% em relação a 2013, mas a receita subiu 17% e chegou a US$ 1,6 bilhão, informa a ABPAAs exportações de carne suína do Brasil caíram 4% em 2014 na comparação com o ano anterior, para 505,7 mil toneladas. Mas as receitas com os embarques subiram 17%, com preços mais altos pagos pelo produto nacional, informou nesta sexta-feira, dia 9, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

As exportações de carne suína do Brasil tiveram faturamento de US$ 1,6 bilhão em 2014.

Para 2015, a entidade prevê crescimento de quase 3% nos embarques, o que corresponderia a 520 mil toneladas, com expectativa de manutenção de volumes vendidos para a Rússia e maiores vendas para a Ásia.

– Para expandir nossos embarques, estamos focando nossos esforços na abertura do mercado da Coreia do Sul. Também há boas perspectivas para abrir os mercados do México e do Canadá e, principalmente, o retorno das vendas para a África do Sul – afirmou em nota o presidente da ABPA, Francisco Turra.

O objetivo das empresas do setor é reduzir a dependência de exportações para o Leste Europeu. O cenário político nessa região foi determinante para o saldo do setor em 2014, disse o vice-presidente da ABPA, Rui Vargas, referindo-se à desvalorização do rublo, que deixa mais caras as importações pelos russos.

– Esperamos que os níveis se mantenham durante este ano, mesmo com a situação econômica enfrentada hoje pela Rússia – afirmou Vargas.

A Rússia –maior importadora da carne suína brasileira – foi responsável pela compra de 186,5 mil toneladas em 2014, desempenho 38,3% superior ao de 2013. A receita gerada com as vendas para os russos quase dobrou no período, para US$ 810,5 milhões.

Preços

Separadamente, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgou que os preços no mercado iniciaram o ano em alta, por conta da oferta restrita de animais para abate. Em 2014, a quantidade também estava limitada.

– No segundo semestre, chegou a haver intensificação dos abates, o que reduz ainda mais a oferta neste começo de ano. No mesmo sentido, pesam as típicas vendas de leitões por parte de produtores independentes no fim do ano – disse o Cepea.

Apesar da interrupção dos abates em dezembro por conta das festas de final de ano, o volume de animais ainda não se recuperou.

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