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Falta marketing para a carne sustentável brasileira

País aplica processos de produção sustentáveis, como o sistema de integração lavoura-pecuária, em cerca de 5 milhões de hectares, mas não utiliza a prática como apelo para ampliar mercado

Fonte: Divulgação/Iepec

A produção brasileira de bovinos vem avançando em sustentabilidade, mas ainda falta marketing para promover o produto nacional. Esse foi um dos temas discutidos nesta terça, dia 14, na abertura da BeefExpo, evento realizado em São Paulo até a próxima quinta, dia 16.

Mais da metade dos 170 milhões de hectares de pastagens do país é mal aproveitada, com lotação de menos de um animal por hectare. Mas tem aumentado o volume de pecuaristas que percebem as vantagens de produzir carne de forma ambientalmente sustentável. Eles investem em práticas que reduzem a emissão de gases de efeito estufa na atividade.

Para o pesquisador da Embrapa Eduardo Assad, ao reduzir ou neutralizar as emissões de metano do gado, o criador pode ter sua carne certificada e, com isso, ter maior abertura no mercado. 

Especialistas do setor acreditam que a pecuária brasileira já desenvolve boas práticas de manejo, mas faltaria divulgação desse tipo de trabalho. O analista de mercado do Rabobank Adolfo Fontes calcula que o Brasil reúna cinco milhões de hectares onde se pratica a integração Lavoura-Pecuária, e teria condições para dobrar a área até 2020. 

Isso não apenas iria tornar a produção sustentável, mas também servir como apelo de marketing no mercado internacional. “O Brasil é um dos poucos países que têm condições de fazer esse movimento, apostando no tripé da sustentabilidade social, econômica e ambiental”, afirma Fontes.

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