Segundo o Alcorão, livro sagrado da religião islâmica, o alimento é considerado halal (permitido para consumo), quando obtido de acordo com os preceitos e as normas ditadas pelo Alcorão Sagrado e pela Jurisprudência Islâmica. Esses alimentos não podem conter ingredientes proibidos.
Para produzir esse tipo de alimento, o criador deve ter disciplina na alimentação, criação e abate dos animais. De acordo com as exigências das Embaixadas dos países islâmicos, o abate halal deve ser realizado em separado do não-halal, sendo executado por um mulçumano mentalmente sadio e conhecedor dos fundamentos do abate de animais no Islã.
Entre as exigências básicas a serem seguidas, está a verificação de saúde do animal e a utilização de utensílios próprios para o abate halal: a faca utilizada deve ser bem afiada, para permitir uma sangria única que minimize o sofrimento do animal.
“Em nome de Alá, o mais bondoso, o mais misericordioso”. Essa é a frase que deve ser dita antes do abate, para abençoar o animal que servirá de alimento. O corte deve atingir a traqueia, o esôfago, artérias e a veia jugular para que todo o sangue do animal seja escoado e ele morra sem sofrimento. Todo o processo é acompanhado por inspetores muçulmanos, já que são eles os responsáveis pela verificação dos procedimentos.
Segundo o presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, Mohamed Zoghbi, apesar das exigências, o processo do halal não requer nada de extraordinário em relação às normas de higiene já aplicadas no abate brasileiro. “É um mercado em crescimento e acredito que nós, do Brasil, já conseguimos atender de forma bastante adequada e com muita credibilidade lá fora”, avaliou.