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Higiene é desafio da cadeia do leite nacional

Rio Grande do Sul discutiu desafios à qualidade do produto, durante fórum na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque

Melhorar a qualidade do leite é um dos principais desafios da cadeia produtiva do Brasil. O tema foi discutido no Fórum Estadual do Leite, durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul. Entre as questões do debate, produtores e indústria trataram da higiene básica na ordenha das vacas e da prevenção da mastite. Principais falhas dos produtores brasileirosm, segundo pesquisa da Embrapa.

“O controle se torna ainda mais difícil, conforme a produção de leite aumenta no país”, explica Marcelo Bonnet, pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

Para ele, os programas de saúde animal, em termos de higiene básica na produção e em termos de processamento, precisam ser melhorados. “Temos evoluído muito, mas precisamos melhorar, até porque precisamos aumentar o consumo interno no Brasil e começar a exportar leite”. Segundo Bonnet, falta, em algum ponto, conscientização. 

Para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul, os produtores são os principais interessados em fabricar um leite cada vez melhor, porque as indústrias locais, pagam, além do preço básico, um adicional por qualidade. “São parâmetros que tu mede, para poder remunerar melhor. Se ele [o produtor] atingir os níveis das políticas de qualidade de cada empresa, que são até mais exigentes que a IN 62, para motivá-los a buscar. Isso tem dado resultado”, comenta o presidente, Alexandre Guerra.

O Rio Grande do Sul precisa exportar 60% da produção, por isso, as indústrias e cooperativas têm investido muito em fomento, com o objetivo de criar um diferencial na casa do produtor. O presidente da Cooperativa Central Gaúcha, Caio Vianna, também reforçou que o leite do Rio Grande do Sul é o mais fiscalizado do Brasil, depois das operações Leite Compen$ado, do Ministério Público, que investigaram empresas por adulteração do produto no estado.

Conforme Vianna, as “pessoas foram presas e condenadas” e se pode afirmar, “sem nenhuma dúvida, que toda a fraude foi coibida”. 

“O leite do Rio Grande do Sul tem o atestado, mais do que todos, de leite de qualidade e aqueles que estão atuando na cadeia hoje, são empresas e são profissionais comprometidos com isso”, afirma.

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