Após as declarações polêmicas do presidente da Confederação Brasileira de Hipismo, Luiz Roberto Giugni, sobre o risco de o Brasil não sediar as provas da modalidade na Olimpiada do Rio de Janeiro, por causa de impasses sanitários, os cavaleiros do país demonstram confiança em sua atuação nos jogos.
– Estou muito animado. Eu tive um ano excelente, consegui o quinto lugar individual nos Pan Americanos, terceiro lugar em Spruss Medals no Canadá, então as expectativas são boas – disse Pedro Veniss, considerado um dos melhores cavaleiros do hipismo brasileiro, durante a última competição indoor no país antes dos Jogos Olímpicos, na Sociedade Hípica Paulista, em São Paulo.
O campeonato, que vai até o próximo domingo, dia 11, reúne também veteranos como Álvaro de Miranda Neto, o Doda, convocado para cinco olimpíadas.
A competição tem sido considerada um importante observatório do desempenho dos atletas que brigam por uma vaga no Rio de Janeiro 2016. A convocação dos cinco cavaleiros que vão compor a equipe acontece só no ano que vem, mas o evento tem sido motivo de expectativa e polêmica.
Certificação
O Ministério da Agricultura rebateu em nota as informações da Confederação, descartando qualquer possibilidade de não realização das provas no país. A nota informou também que as autoridades veterinárias oficiais brasileiras devem ter ainda esta semana uma resposta sobre a solicitação da União Europeia de uma nova proposta de certificação veterinária internacional para os animais que vão participar da Olimpíada do Rio.
– Os protocolos de algumas exigências sanitárias estão demorando para serem dados, e isso tem preocupado a federação equestre internacional, que tem que divulgar isso para os países que vão participar das Olimpíadas. A preocupação é que saia o mais rápido possível para que fique tudo certo para a realização no Brasil – afirma o técnico da Confederação Brasileira de Hipismo, Caio Sérgio de Carvalho.
Apesar da preocupação com os impasses sanitários, entre os cavaleiros o clima é de otimismo e ansiedade pela realização das Olimpíadas no país.
– O evento teste foi bom, o que a gente escutou lá na Europa foi positivo. Claro que tem algumas coisinhas atrasadas, mas no final no Brasil sempre dá tudo certo – afirma Pedro Veniss.