A exportação do produto ao país estava parada desde 2012, por conta dos dois casos de vaca louca atípica, no Paraná e Mato Grosso. O país tinha optado pela imposição de embargo em função do caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) – a doença da vaca louca –, ocorrido no Estado do Mato Grosso, em 2014.
Atestada a inocuidade do sistema brasileiro pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que manteve o status de risco do país como “insignificante”, as negociações bilaterais pela reabertura foram iniciadas. Em 2012, o Brasil exportou mais de 5,6 mil toneladas de carne para o Iraque, registrando um faturamento acima de US$ 24 milhões.
No final de fevereiro, a África do Sul também reabriu o mercado para exportações brasileiras de carne bovina desossada. A África do Sul havia embargado a entrada desses produtos, pela ocorrência de febre aftosa e pelo caso atípico de vaca louca. O Brasil já chegou a exportar mais de 11 mil toneladas para este país com faturamento de US$ 16 milhões.
– Foram dois importantes anúncios que vêm somar a significantes conquistas para o setor de exportação de carne bovina brasileira, que desde o ano passado acumula notícias positivas com relação à reabertura e expansão de mercados, como Irã e Egito – afirma o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli.
Para este ano, o setor ainda espera o fim definitivo dos embargos de China, Arábia Saudita e Japão, além da possibilidade de abertura para os Estados Unidos.
Editado por Gisele Neuls