Termina neste domingo, dia 26, segunda edição da Expopec, em Porangatu, GO. Apesar do momento complicado devido à operação Carne Fraca, os organizadores estimam um volume de negócios superior a R$ 10 milhões. A expectativa é que 20 mil pessoas visitem a Expopec, em Porangatu (GO), até domingo, dia 25 de março. .
O foco do evento é a pecuária de corte e o que há de mais moderno na criação de bovinos, ovinos, suínos e eqüinos. Para o vice-presidente do Sindicato Rural de Porangatu esse é o período ideal para os pecuaristas da região trocarem conhecimento.
.”A oportunidade que se tem em uma feira é sempre trazer novas tecnologias. O nosso tripé da pecuária essencialmente está baseado em três aspectos, que é a genética de expressão, sempre buscando também uma nutrição de resultados e um manejo tradicional”, diz Paulo Vander Laa, vice-presidente da entidade.
Porangatu fica no centro do chamado “coração sertanejo”, no norte de Goiás, e de fácil acesso as grandes regiões produtoras do país. A feira recebe animais dos quatro cantos do país, o que gera boas oportunidades de negócio, garante uma selecionadora de gado Tabapuã.
“Participamos do evento porque é uma feira focada em mercado. Aqui recebemos informações novas, podemos interagir com outros pecuaristas e ter oportunidade de aprendizado. Em Goiás, é o único evento totalmente voltado para o agronegócio”, Maria de Fátima Arnaldi.
Para Maurício Velloso, coordenador geral da Expopec, o destaque deste ano é a gestão do manejo de pastagens. “Há um desperdício enorme de pastagens. Precisamos orientar. Não basta formar bem, é preciso colher bem e isso se associa a uma série de coisas. Se o produtor não utiliza corretamente a pastagem, ele acaba usando de forma mal aproveitada o suplemento e aí culpa a indústria, culpa o produto, mas na verdade não fez uma aplicação correta”.
Carne Fraca
Um dos assuntos que os organizadores pretendem discutir são os desdobramento da operação Carne Fraca. O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás fala sobre os impactos da ação para os criadores locais, que, segudo ele, têm sentido na pele os efeitos da crise.
“O mercado segue retraído. Durante toda semana o mercado ficou estagnado, salvo algumas plantas menores, alguns lugares que abriram compras, mas depois pararam. Agora, é claro que isso deverá ir se ajustando pra que as coisas comecem a normalizar e que o prejuízo torne-se o menor possível”, espera José Mário Schreiner, presidente da Faeg.