Depois de uma eleição acirrada, que teve ânimos exaltados durante boa parte da campanha, a palavra que mais se ouviu na posse do novo presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos foi “união”. Eduardo Móglia Suñe, candidato da situação que assume o comando da ABCCC pelos próximos dois anos, falou por 20 minutos na sede da entidade, em Pelotas, no Rio Grande do Sul.
“O principal objetivo desta gestão é passar uma borracha na eleição e fazer com que todo criador contribua, que volte para dentro da ABCC e venha contribuir conosco pelos próximos dois anos”, falou Suñe durante o discurso de posse.
Durante a cerimônia, ficou claro que a nova diretoria pretende intensificar as ações na região 8, acima do Paraná, onde a raça vem ganhando espaço não só no segmento de serviço, mas esporte e lazer, “temos que levar para o sudoeste, norte e nordeste do país, este produto maravilhoso que é o cavalo crioulo”, adiantou o novo presidente.
Há 40 anos, Paulo de Almeida Prado (foto acima) viu o pai, um fazendeiro do estado de São Paulo, se encantar com o cavalo crioulo. Os primeiros animais foram levados para o interior paulista ainda na década de 70. Quatro décadas depois, o filho íntegra a nova diretoria da ABCCC, fazendo parte da Comissão da marcha de resistência e Enduro.
“É muito pouco tempo, são só dois anos, você tem que fazer milagre. Mas a renovação é muito importante porque vem novas propostas”, diz ele.
Uma das propostas, unanimidade entre os 1.800 associados da ABCCC, é o melhoramento da seleção da raça, ponto de partida para a tão desejada ampliação de mercado.
“O mercado é consequência de um bom trabalho de seleção, animais de qualidade que rendam não só dinheiro, mas também alegria, satisfação, trabalho. Ampliar o mercado é sempre um objetivo, mas é consequência de um bom trabalho”, ensina Paulo.