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Novo método de avaliação de gado leiteiro promete aumentar produtividade

Associação de criadores de zebu e de gir leiteiro estão validando método que deve facilitar o manejo e contribuir para melhoramento genético

Fonte: Alcides Okubo Filho / Embrapa

A pecuária leiteira vai contar até o fim do ano com um novo método de avaliação das medidas do animal. A novidade começou a ser validada pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) e Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL). Segundo representantes do setor, o processo vai facilitar o manejo e contribuir para o melhoramento genético.

A gerente de melhoramento genético da PMZG Leite Bruna Hortolani conta que, até agora, as medições corporais – como perímetro torácico, comprimento do corpo e úbere – eram feitas com ferramentas que obrigavam os profissionais a tocar os animais. “Os ambientes nas fazendas às vezes não são muito acessíveis, deixando o animal estressado”, diz ela.

Muitos das avaliações passarão a ser feitas de forma visual, sem aparelhos, e em poucos minutos. As informações foram agrupadas para que as avaliações fossem feitas em poucos minutos. São 19 características físicas, além do temperamento. Os técnicos credenciados recebem treinamento para que a metodologia seja adotada até o fim desde ano em todo o Brasil.

A mudança tem o objetivo de facilitar a coleta das mensurações morfológicas e assim contribuir para o melhoramento genético das raças zebuínas leiteiras. O superintende técnico da associação de criadores de gir, André Rabelo, afirma que com as novas ferramentas o criador poderá selecionar exemplares mais funcionais e bem adaptados a seu sistema de produção.

“Um produtor quer, por exemplo, que a vaca tenha úberes melhores, talvez tetos mais corrigidos, um melhor ligamento, que é uma característica que está ligada à funcionalidade e à longevidade. Então ele vai selecionar um touro dentro das características que ele quer pra leite, e que transmita isso ao rebanho”, diz Rabelo.

Cada avaliação ajuda a ampliar o banco de dados de informações para o programa de melhoramento do leite. Dessa fora, diz Bruna Hortolani, o pecuarista vai conhecer melhor os exemplares de que dispõe na propriedade. “(Vai) Saber que essa vaca produz muito leite e qual sua conformação, o que ela vai transmitir; o que o pai desse animal acrescenta no rebanho. Isso vai trazer ganhos para o produtor”, afirma ela.

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